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Com forte chuva na região, indígenas de Miranda cancelam protesto na BR-262 contra Marco Temporal


A manifestação de indígenas da região de Miranda contra o Projeto de Lei 490/07 foi cancelada devido a intensa chuva que cai na região. O texto trata sobre o Marco Temporal e será julgado em regime de urgência no Senado Federal e na Câmara de Deputados, nesta terça-feira (30).



Conforme explica o líder da comunidade Boa Esperança, Edno Terena, os indígenas iriam se reunir na BR-262, mas devido a chuva cada uma das dez aldeias da região deve fazer um manifesto dentro da própria comunidade.


A gente vai fazer isso dentro das aldeias porque não tem como se deslocar para a BR por causa da chuva”, ele explica.

Ainda conforme Edno, caso o tempo melhore no período da tarde há possibilidade de irem para a rodovia se manifestar. Na região são dez aldeias indígenas com povos Terena, Kadiwéu e Kinikinau que somam mais de 10 mil pessoas.


Já em Campo Grande deve ocorrer uma manifestação, às 14h, na Praça Ary Coelho, convocada pelo Conselho do Povo Terena.


“Contra o Projeto de Lei nº 490/07, pela vida e territórios dos povos indígenas, convocamos a todos os ativistas, organizações e indigenistas parceiros a mostrar para Campo Grande e para o MS que esse território é ancestral e que seguiremos lutando por justiça social e climática!”, diz a publicação do Conselho.

Em São Paulo, indígenas bloquearam a rodovia dos Bandeirantes durante a madrugada.

A PFR (Polícia Rodoviária Federal), na manhã desta terça-feira, informou que nenhuma rodovia de Mato Grosso do Sul apresentava bloqueios.


Os deputados federais de Mato Grosso do Sul e os senadores devem votar nesta semana em Brasília o Marco Temporal e sete MPs (Medidas Provisórias) do governo Lula.

Na semana passada, foi aprovada a urgência para votação do Marco Temporal, que restringe a demarcação de terras indígenas àquelas ocupadas em 1988.


O governo é contra, mas o placar que determinou a urgência, 324 a 131, mostra que a tramitação caminha para uma derrota do governo.


O projeto tem apoio da bancada ruralista, composta por cerca de 350 parlamentares. A liderança governista liberou os deputados da base aliada a votarem como preferirem.


A federação formada por PT, PCdoB e PV e a composta por PSOL e Rede orientaram que seus deputados votassem contra.


Do Midiamax

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